Indivíduos
que apresentam algum grau de calvície ou queda de cabelo e procuram por
profissionais na área da saúde ou da estética desejam, em quase sua totalidade,
recuperar parte ou todos os fios perdidos, além de conseguir controlar a queda
diária dos cabelos e ainda engrossá-los. Tudo isso em um curto prazo de tempo.
Todo
paciente com calvície associa sua doença à queda diária dos fios. E, com isso,
acredita que o sucesso do tratamento realizado depende do controle dessa queda.
Controlar a queda diária não é sinônimo de resposta ou de controle da doença,
pois essa pode continuar evoluindo mesmo com o equilíbrio da queda. O que leva à diminuição da densidade capilar
não é o numero absoluto de cabelos que caem, e sim a deficiência parcial de sua
reposição.
Para
um resultado expressivo, o indivíduo tem que ter noção de que o tratamento deve
ser contínuo. A maioria dos trabalhos limitam os tratamentos em torno de 6 a 12
meses. O problema é que quem está sendo tratado acha que após esse período
estará curado. É preciso entender que os resultados serão percebidos a longo
prazo. Com frequência, há reclamações de que os cabelos não pararam de cair ou
não aumentaram de volume após alguns dias de tratamento. Isso mostra um total
desconhecimento do paciente sobre o assunto.
Estabilizar
o processo da calvície significa não deixar que os fios saudáveis passem pelo
processo de miniaturização e, aqueles que já estão não passem para a fase de
queda irreversível. Isso quando se trata da calvície androgenética.
O
cabelo funciona em ciclos. Todo fio de cabelo tem seu ciclo determinado
geneticamente, ou seja, cada um terá um tempo de crescimento, um de repouso e
outro de queda. Essas fases são respectivamente a anágena, a catágena e a
telógena. Um fio se programa para cair três meses antes de se soltar do couro
cabeludo. Se o indivíduo não tem nenhum problema capilar, cerca de 80% dos seus
cabelos estarão na fase anágena (crescimento). Essa fase dura entre 2 a 6 anos.
Após esse período, o fio passa para a fase catágena, normalmente menos de 1 %
estão nessa fase e dura entre 2 a 3 semanas. Depois desse período, o cabelo se
prepara para cair e dura cerca de 2 a 3 meses e em torno de 19% dos fios se
encontram nessa fase telógena. Explico isso porque é importante saber que a
maioria das patologias que atacam o couro cabeludo influencia na fase de seu
crescimento (anágena), muitas vezes diminuindo o seu tempo de duração e com
isso produzindo um fio fino e fraco. Ou muitas vezes interrompendo o seu
crescimento.
Quando
se tem uma queda acentuada, o equilíbrio entre essas fases se perde. A anágena (crescimento) ficará mais curta,
logo terá uma grande quantidade de cabelos nas fases catágena e telógena, apresentando
uma queda expressiva. Seja qual for o tratamento realizado, os fios telógenos
terão que cair para dar lugar a um fio anágeno com uma duração mais longa. Logicamente
terá uma queda maior no início desse tratamento.
Conclui-se,
então, que a diminuição na quantidade de cabelos que caem diariamente não é um
bom medidor para se afirmar que um determinado tratamento esteja dando
resultados positivos.
Sabendo
que a ação de tudo usado no couro cabeludo não é uniforme sobre todos os folículos, a reversão da calvície e o controle da queda normalmente irá acontecer depois de vários
ciclos do cabelo.
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