Nesta
semana em que as mulheres estão em foco no mundo todo, devido ao dia 8 de
março, celebrado na última quarta-feira, vou falar do tema que motivou o meu
trabalho de conclusão da pós-graduação em Tricologia e que tem tudo a ver com
este blog: a queda dos cabelos por conta do tratamento contra o câncer.
Para
vocês terem uma ideia, mais de mil mulheres que buscam atendimento na nossa
loja, ao longo do ano, relatam
o quanto a queda dos seus fios interfere diretamente não só na autoestima, como
também em sua qualidade de vida, e
em todos os seus relacionamentos, sejam
eles profissionais, com amigos e principalmente com o parceiro.
Esse
assunto é tão sério que resolvi pesquisar a importância e o que significa os
cabelos para a mulher, e porque esse símbolo tão forte, quando
ausente, pode provocar abalos significativos em todos os aspectos femininos e
não só na aparência como todos acreditam. Compartilhei as descobertas do meu
estudo (feito com muito suor e dedicação, diga-se de passagem), na faculdade
Oswaldo Cruz, em São Paulo.
A
primeira resposta que dou para o fato da mulher se sentir tão fragilizada com a
perda dos fios é a desconstrução de sua imagem,
afetada pelos efeitos colaterais da doença. A autoimagem começa a ser formada
ainda na nossa infância e está profundamente ligada, não só aos aspectos
físicos, mas em conjunto com o nosso lado emocional e mental.
No
caso das mulheres, então que desde tempos remotos da história da humanidade já
eram cobradas por sua aparência física e já sofriam críticas quando não estavam
dentro dos padrões, esse apego a aparência ainda é mais forte. E isso é algo
tão expressivo, que alguns autores afirmam que a imagem da mulher na cultura se
confunde com a da beleza, ou seja, ela deve ser bonita, do contrário não será
mulher. É uma condição que chega a ser opressora. Por isso a perda do cabelo
dói. Mexe com a feminilidade.
Infelizmente
existe entre nós a ideia equivocada de que beleza exterior combina com saúde,
enquanto aparência desagradável é sinônimo de doença. Imagina para uma paciente
oncológica, o quão difícil deve ser lidar com isso, tendo em vista que o efeito
colateral do tratamento quase sempre é impossível de ser escondido: Os cabelos
caem involuntariamente, a pessoa emagrece, os sinais físicos são nítidos.
A
perda dos fios mostra claramente para a sociedade o diferente, a confirmação do
adoecimento, o que aguça a curiosidade e a compaixão. A mudança na aparência da
mulher faz com que ela crie uma grande barreira em aceitar sua nova imagem,
afinal é cultural que o gênero feminino exiba sempre cabelos longos e bonitos.
Ao terminar minha pesquisa bibliográfica, consegui comprovar que o uso de algum recurso para cobrir a região sem os cabelos se faz fundamental para o enfrentamento da doença, uma vez que estar bem frente ao espelho é quase que uma garantia de sucesso para o tratamento. E isso já percebíamos desde os tempos que minha avó, a dona Wilma, atuava no mercado. Basta a mulher encontrar uma peruca ou prótese capilar igual aos seus cabelos para que a fisionomia do seu rosto mude completamente e ela se sinta mais confiante e feliz, estando próxima de quem realmente ela é, dado que as possibilidades de soluções capilares existentes no mercado modificam o mínimo possível o estilo de vida e a aparência de quem precisa usar.
Ao terminar minha pesquisa bibliográfica, consegui comprovar que o uso de algum recurso para cobrir a região sem os cabelos se faz fundamental para o enfrentamento da doença, uma vez que estar bem frente ao espelho é quase que uma garantia de sucesso para o tratamento. E isso já percebíamos desde os tempos que minha avó, a dona Wilma, atuava no mercado. Basta a mulher encontrar uma peruca ou prótese capilar igual aos seus cabelos para que a fisionomia do seu rosto mude completamente e ela se sinta mais confiante e feliz, estando próxima de quem realmente ela é, dado que as possibilidades de soluções capilares existentes no mercado modificam o mínimo possível o estilo de vida e a aparência de quem precisa usar.
Fica a dica: mesmo com todos os problemas da vida, o mais importante é a maneira como se encara a doença e os recursos que você usa para enfrentá-la. E lembre-se: A dor não é opcional, mas o sofrimento sim.
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