sábado, 31 de outubro de 2015

Fisioterapia em Oncologia e o uso de perucas para pacientes em quimioterapia em BH: dois aliados para tornar este momento menos doloroso

Nome Completo: Cristiano Mourão Barroso

Mini-curriculo: Graduação em fisioterapia: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
                          Pós-Graduação em Fisioterapia em Oncologia: Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo - FACIS-SP
                          Especialista em Fisioterapia em Oncologia  (Certame ABFO-COFFITO 2014)

Trabalho: Consultório Cristiano Mourão Barroso - Fisioterapia em Oncologia
                 Avenida Afonso Pena, 3924 - sala 201 - Bairro: Cruzeiro - BH
                 Telefone: 031 98763-5995


Este é o quarto ano que o evento acontece no país e BH já sedia um evento. Qual a importância de BH nesse cenário na área de fisioterapia em oncologia?

A fisioterapia em oncologia é uma especialidade muito nova, reconhecida pelo COFFITO em uma resolução de maio de 2009. Desde então a Associação Brasileira de Fisioterapia em Oncologia (ABFO) esteve envolvida na organização do Congresso Brasileiro de Fisioterapia em Oncologia. Os três primeiros foram realizados em Porto Alegre, Goiânia e Campina Grande, mas agora chegou o momento de mostrar ao Brasil o que Minas Gerais tem produzido na sua capital e nos hospitais que são referência nos interiores. Tive a oportunidade de trabalhar durante 6 anos em uma concisa e capacitada equipe multidisciplinar em oncologia, do Hospital Mater Dei, cujo coordenador da fisioterapia é o Dr Nazir Felippe Gomes. Nesse período pude perceber o quanto o profissional da fisioterapia é importante no contexto do tratamento oncológico, e o grande número de profissionais envolvidos nessa área que temos espalhados por Minas Gerais. Sendo assim, quando convidado a presidir o IV Congresso Brasileiro de Fisioterapia em Oncologia, fiquei muito satisfeito com a possibilidade que surgia de debatermos sobre o trabalho que estamos desempenhando e os desafios que enfrentamos diariamente, conectando assim profissionais de todo o país. Estarão presentes, além de participantes do Chile e de várias regiões do país (norte, nordeste, sul, centro-oeste e sudeste), representantes de vários serviços da capital e de cidades do interior de Minas, como Muriaé, Ipatinga, Poços de Caldas e Uberlândia. Nossa especialidade tem crescido muito no Brasil e no mundo, e nesse ano, Belo Horizonte terá o grande prazer de sediar o mais importante evento da fisioterapia em oncologia.


Como é o trabalho dos fisioterapeutas desta área?

Tanto a doença como seu tratamento podem trazer muitas complicações ao paciente com câncer. A cirurgia realizada para retirar um tumor, acaba retirando margens sadias e agredindo tecidos vizinhos podendo gerar sequelas. A radioterapia, também muito usada para tratamento local da doença, causa muitas vezes fibroses, aderências, edemas, encurtamentos musculares e outras alterações que repercutem  inclusive com redução de movimento. E quanto ao tratamento sistêmico, a quimioterapia e hormonoterapia podem ter como efeitos colaterais a fadiga,  toxicidade cardíaca, neuropatia periférica, náusea, vômito, osteoporese e outros. Tendo em vista essas possíveis alterações, o fisioterapeuta especialista em oncologia tem recursos e técnicas específicas para atuar em cada situação citada acima, com   objetivo de proporcionar ao paciente Funcionalidade e Qualidade de Vida, através da restauração da função, prevenção e minimização das complicações . É preciso fazer uma avaliação detalhada do estado geral do paciente, das suas condições clínicas e das complicações que apresenta, para elaborar um plano de tratamento individualizado e específico para as queixas que ele apresenta naquele momento. Em relação ao tratamento cirúrgico, o atendimento fisioterapêutico pode se iniciar no pré-operatório, quando conhecemos o indivíduo antes de apresentar sintomas relacionados ao tratamento, no pós-operatório imediato, quando cuidamos de complicações comuns até retirada de dreno e pontos e damos orientações necessárias para auto cuidado e manejo da dor e desconfortos, ou no pós-operatório tardio, quando geralmente o paciente apresenta complicações instaladas. Durante a radioterapia e quimioterapia cuidamos das estruturas possivelmente comprometidas, para manter funcionalidade, prevenir complicações ou minimizá-las. Tratamos enfim, situações que vão desde o paciente que fica curado através do procedimento cirúrgico, aos casos em que a doença demanda um tratamento mais intensivo, mas ainda é reversível, e ás situações em que a doença é irreversível e se faz necessário tomar medidas não para tratá-la, mas para dar alivio da dor e qualidade de vida, buscando preservar a dignidade da pessoa.  Deveremos realizar reavaliações periódicas para acompanhar a evolução de cada caso e rever as estratégias adotadas. É muito importante estar inserido em uma equipe multidisciplinar com médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, representantes espirituais e quaisquer outros profissionais que se fizerem necessários para tentarmos atingir realmente o paciente em sua complexidade.

O NTC oferece  perucas para pacientes em tratamento. Como você avalia a importância da autoestima para esses pacientes?

Nossa mente é uma importante ferramenta que pode trabalhar a favor ou contra nós mesmos. Se estamos de bem com a vida, com um bom estado de humor, fazendo alguma atividade que nos gera prazer de alguma forma, certamente enfrentaremos melhor as adversidades da vida. Mas se estamos deprimidos, angustiados, desesperançosos, nos tornamos nosso primeiro inimigo, deprimimos nosso sistema imunológico e abrimos portas para o aumento das dores e doenças. Portanto, como negar que uma peruca em uma pessoa que está passando por um momento delicado, de muitas incertezas e fragilidades,  auxilia diretamente no tratamento da doença? Aliás, a peruca não tem como objetivo principal tratar a doença, mas o doente em toda sua complexidade de ser humano, que precisa por natureza de se sentir bem, cuidado e bem inserido na sociedade. Para se sentir de bem com o mundo, é preciso também se sentir bem consigo. Muitas pessoas têm dificuldade em lidar com as mudanças na fisionomia e dizem não se sentir elas mesmas quando perdem os cabelos; nesses casos, as perucas tornam-se essenciais, pois assumem o incrível papel de devolver ao paciente a sua identidade.


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Campanha de Arrecadação de perucas usadas para pacientes em tratamento de quimioterapia em Belo Horizonte

Dr. Leandro Ramires e Dr. Gabriel de Almeida


         O NTC  esteve presente no Hospital das Clínicas no dia 23 de outubro, durante cerimônia no auditório do Instituto Jenny de Andrade Faria. O evento contou com presença de familiares e pacientes com câncer de mama, além de médicos e enfermeiros responsáveis, que falaram sobre a importância do apoio que deve ser oferecido aos pacientes em tratamento e até mesmo aos que já estão curados.
         Uma das formas de amparo é aumentar a auto-estima dessas mulheres, e para demonstrar o apoio à causa, Ana Tompa, sócia do NTC realizou a doação de 10 perucas para o banco de perucas do hospital. O tratamento contra o câncer, na maioria das vezes é um processo muito invasivo e doloroso. “Além de enfrentar os sintomas característicos da doença, as mulheres, podem também sofrer com a perda dos cabelos, ocasionada pelo processo de quimioterapia. O uso de perucas durante o tratamento é um estímulo a mais para combater esse triste problema”, afirma Tompa, justificando o maior incentivo para realizar a doação.


 Equipe da área oncológica com os pacientes

Letícia Santiago usa Mega Hair do NTC Soluções Capilares em BH


A ex-BBB Letícia Santiago ficou ainda mais linda com seu novo Mega Hair do NTC.